A facção mobilizou uma célula com três de seus integrantes e bancou seus
custos – cerca de R$ 44 mil –, como estadia, celulares, aluguéis, seguro, IPTU,
mobília, transporte e até compra de eletrodomésticos. As investigações
encontraram ainda explosivos, que seriam usados em um atentado a bomba contra o
senador Sérgio Moro (União-PR).
A existência do relatório feito pelo Ministério Público de São Paulo e
encaminhado à Polícia Federal (PF) em 23 de novembro de 2023 – Lira e Pacheco
também receberam cópias e foram avisados sobre os planos da facção – foi
revelada pela Folha de S. Paulo. O Estadão obteve cópia do documento.
De acordo com ele, Janerson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, que
comandava o plano para sequestrar Moro em 2022, movimentou três integrantes da
Sintonia Restrita, o setor do PCC responsável por ataques a autoridades e
planos de resgate de presos, para Brasília.
Os bandidos envolvidos nos planos da facção eram Sandro dos Santos
Olimpio, o Cisão, e dois outros conhecidos como Felipe e Neymar. As prestações
de contas dos meses de maio, junho e junho de 2023 da chamada Sintonia Restrita
para a Sintonia Final da facção – a cúpula chefiada por Marco Willians Herbas
Camacho, o Marcola –, mostram que havia “uma missão no Distrito Federal”, onde
alguns de seus integrantes alugaram um imóvel por R$ 2,5 mil por mês para
servir de base de apoio. Em 29 de maio, há uma anotação sobre o uso de
transporte por aplicativo durante 15 dias para “correr atrás do terreno para
compra”.
O dinheiro, ainda segundo o relatório, era bancado pelo caixa da chamada
FM da Baixada, a célula que gerencia a venda de drogas na Baixada Santista, uma
das principais da facção paulista. A primeira vez que o possível plano contra
os presidentes das duas casas legislativas chegou ao conhecimento dos federais
foi durante a apuração do plano contra o senador Sérgio Moro, alvo da operação
da PF em março deste ano, quando nove pessoas foram presas, entre elas Nefo.
Com informações de Estadão Conteúdo
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