Onze paraibanos foram resgatados em situação análoga à escravidão no Bairro Itaperi, periferia de Fortaleza. Os homens estavam trabalhando como vendedores ambulantes e foram encontrados em um galpão, vivendo em condições degradantes.
O resgate foi feito após uma denúncia anônima e todos os vendedores
resgatados eram paraibanos das cidades de Catolé do Rocha, São Bento e Brejo
Cruz.
Os vendedores estavam alojados em condições degradantes em um galpão,
também utilizado como estacionamento, onde eles não tinham fornecimento de água
potável, e as instalações sanitárias eram precárias.
Além das condições precárias em que viviam, os paraibanos ainda eram
induzidos a um endividamento contínuo e submetidas a longas jornadas de
trabalho diariamente, sem descanso semanal.
Segundo os auditores, o empregador é da cidade de São Bento, Sertão da
Paraíba, município conhecido por ter produtores de redes e tanto a contratação
dos trabalhadores como a venda dos produtos eram realizadas na completa
informalidade, em descumprimento às normas legais, sem registro em carteira de
trabalho e sem recebimento de salário pelo trabalho feito por eles.
Após a fiscalização, as vítimas receberam, ao todo, cerca de R$ 42 mil
em salários atrasados e verbas rescisórias, valor calculado pela
Auditoria-Fiscal do Trabalho, baseado pelo tempo de serviço prestado ao
empregador.
Além disso, foram emitidas as guias de Seguro-Desemprego Especial do
Trabalhador Resgatado, pelas quais as vítimas têm direito de receber três
parcelas de um salário mínimo, R$ 1.100 cada um deles.
Os paraibanos retornaram para as cidades de origem após receberem os
pagamentos e serão encaminhados a órgãos de assistência social, para que possa
ser feito atendimento prioritário.
Notícia Paraíba
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