O
secretário da Justiça e da Cidadania (Sejuc), Walber Virgolino, falou sobre a
sua postura “linha dura” e acerca dos desafios enfrentados por ele a frente de
uma das principais pastas do Governo do Estado. Em
entrevista, Virgolino afirmou que nunca irá se submeter a negociação com os
apenados.
Questionado sobre uma
possível reunião com os presos para pacificação da situação em meio aos
atentados ocorridos no fim do mês passado e início deste, o secretário disse
que os detentos devem temer o Estado.
“Eu não faço nenhum tipo de acordo com os
presos, eles têm que pedir arrego para o Estado, e não o contrário”, afirma
Virgolino. Após a instalação dos
bloqueadores de telefone na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), o
governador do Estado declarou a intenção de promover a instalação dos
equipamentos em outros presídios.
Diante disso, Walber
Virgolino afirmou que Alcaçuz deverá ser o próximo presídio a ser contemplado
com a tecnologia. “Nós estamos fazendo
um plano emergencial para instalar também em Alcaçuz, e, em seguida começar a
expandir para outros presídios. No entanto, não podemos instalar tudo de uma
vez, é inviável.
Temos que agir com responsabilidade e observando a situação
financeira do Estado”, argumentou. De acordo com o
titular da Sejuc, o PEP foi escolhido para ser o primeiro presídio contemplado
com os bloqueadores devido a grande concentração de líderes de facções que
estavam sob custódia naquela unidade.
Desde que chegou a
Sejuc, Walber Virgolino tem chamado a atenção devido à linha dura contra os
presos. Em uma entrevista, o titular da pasta chegou a dizer que os apenados iriam dormir no chão após uma
rebelião onde eles queimaram colchões.
Além disso, o gestor
tem mandado retirar regalias dos presos que tentam fugir das unidades ou
apresentam mau comportamento dentro das unidades.
Embora tenha essa
postura mais enérgica e dê algumas declarações polêmicas à imprensa, o
secretário revelou que não tem sofrido problemas junto às entidades
representantes dos Direitos Humanos.
“Olha, nós temos que
trabalhar com responsabilidade. Eu não tenho nada contra os presos, mas minha
função é de tensão e eu preciso dar resposta à sociedade.
Eu sou apenas mais um
soldado nesse exército contra a criminalidade. Até o momento não tenho
enfrentado problemas devido a minha postura, seja com representantes dos
Direitos Humanos ou da Justiça”, conclui.
Rafael Araújo
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