“É o primeiro censo em que o IBGE poderá oferecer à sociedade
estatísticas oficiais sobre quantos são os quilombolas, onde vivem e como
vivem. É muito importante que a própria população quilombola esteja preparada e
sabendo que o censo está trazendo essa possibilidade pela primeira vez”, disse
a coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais, Marta Antunes.
De acordo com a pesquisadora, com este dia de mobilização a intenção é
sensibilizar as lideranças quilombolas para abrirem suas comunidades ao censo e
receber os entrevistadores, compreender o que é e a importância do levantamento
de dados para retratar a realidade dessa população. “Outro grande
objetivo é mostrar para a população em geral essa grande novidade do Censo
2022 em termos de povos e comunidades tradicionais. Esse é o grande avanço
neste censo, a inclusão de mais um grupo de povos e comunidades tradicionais,
que é o grupo quilombola”.
Os dados nos territórios quilombolas serão coletados a partir da pergunta: sua cor ou raça é branca, preta, amarela, parda, indígena? Independentemente da resposta,pré-registrada, aparecerá a próxima pergunta: você se considera quilombola? Se a resposta for sim, o questionário vai querer saber: qual o nome da sua comunidade? Já existe uma lista de comunidades pré-registradas no aplicativo usado pelo recenseador, mas é possível acrescentar nomes que não estejam citados.
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