O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu determinar o fim da greve dos funcionários dos Correios e o retorno ao trabalho a partir desta terça (22).
O tribunal julgou na
tarde desta segunda o dissídio de greve dos trabalhadores da estatal, que estão
parados desde 17 de agosto, diante das discussões do novo acordo
coletivo.
Por maioria de votos,
os ministros da Seção de Dissídios Coletivos consideraram que a greve não foi
abusiva. No entanto, haverá desconto de metade dos dias parados e o restante
deverá ser compensado.
Além disso, somente 20
cláusulas que estavam previstas no acordo anterior deverão prevalecer. O
reajuste de 2,6% previsto em uma das cláusulas foi mantido.
Segundo a Federação
Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), a
greve foi deflagrada em protesto contra a proposta de privatização da estatal e
pela manutenção de benefícios trabalhistas.
Segundo a entidade,
foram retiradas 70 cláusulas de direitos em relação ao acordo anterior, como
questões envolvendo adicional de risco, licença-maternidade, indenização por
morte, auxílio-creche, entre outros benefícios.
Durante a audiência,
os advogados dos sindicatos afirmaram que a empresa não está passando por
dificuldades financeiras e que a estatal atua para retirar direitos
conquistados pela categoria, inclusive os sociais, que não têm impacto
financeiro.
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