A reabertura das agências do INSS deflagrou uma guerra entre órgãos de governo e os peritos médicos federais, num impasse que está prejudicando cerca de 1 milhão de brasileiros que aguardam uma perícia para receber seu benefício.
A Associação Nacional
dos Peritos (ANMP) resiste a retomar os trabalhos presenciais sob a alegação de
falta de condições sanitárias contra a covid-19, o que o governo nega.
Acusada de compactuar
com o movimento para barrar o retorno dos médicos ao atendimento presencial, a
cúpula da Subsecretaria da Perícia Médica será exonerada nos próximos dias. O
ponto dos peritos que não voltarem às agências será cortado.
A disputa de
bastidores envolve troca de acusações, ameaças e uma batalha jurídica em torno
de protocolos a serem seguidos devido à pandemia da covid-19. Até a exigência
de uma régua acrílica transparente virou motivo de discussão técnica para
decidir sobre as condições de retorno ao trabalho.
As agências do INSS
estão sem atendimento presencial desde o início da pandemia. Embora o governo
tenha permitido a concessão antecipada de benefícios como o auxílio-doença e o
BPC (pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda) apenas com a
apresentação de atestados ou outros documentos, há muitos brasileiros que não
tiveram sucesso nesse acesso facilitado.
Estadão
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