O relator do orçamento, senador Márcio Bittar (PSL-AC) em princípio tentou se esquivar, mas acabou admitindo que a tendência é fixar para 2021 o valor de R$200 mensais para o programa Bolsa Família ou seu sucedâneo.
“Depois, quem sabe,
seja possível chegar aos R$250 em 2022”, disse ele. O problema, lembra o
senador, é que o programa vai ganhar mais 8 milhões de pessoas “descobertas” na
crise da pandemia.
Pagando R$200 mensais
em 2021, o governo quase vai dobrar o custo atual do Bolsa Família, que passará
a R$40 bilhões anuais.
Para pagar R$300
mensais, como quer Bolsonaro, o programa custaria R$60 bilhões por ano. E o
governo não tem todo esse dinheiro.
O valor do Bolsa
Família seria maior não fosse a necessidade de incluir no programa 8 milhões de
“invisíveis” que apareceram durante a crise.
CLÁUDIO HUMBERTO
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