A descoberta feita
pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco, de que o pernilongo é capaz
de transmitir o vírus Zika, pode ajudar a compreender porque a epidemia foi
mais grave em algumas regiões do país, ou porque há mais casos de microcefalia
em bebês de mulheres de baixa renda.
Isso porque o Culex,
nome científico do gênero do mosquito, se reproduz em água extremamente
poluída, comum onde não há saneamento básico. Mas, para isso, os pesquisadores
afirmam que ainda é preciso estabelecer qual a importância do inseto como vetor
da doença.
Em uma revista
científica do grupo Nature, os pesquisadores descrevem a descoberta de
pernilongos infectados na natureza e a comprovação de que o Zika se reproduz
dentro dos mosquitos, chegando à glândula salivar dos insetos.
O vírus também está
presente na saliva extraída dos espécimes, tanto os infectados em laboratório
como os contaminados em ambiente natural.
O próximo passo é
estudar características biológicas do Culex. Questões ambientais como a
temperatura e umidade do local também são levadas em conta, segundo a
pesquisadora da Fiocruz Constância Ayres.
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