A Caixa Econômica não
tem, no momento, a intenção de contratar trabalhadores terceirizados para
executar as atividades-fim do banco, disse o presidente da instituição
financeira, Gilberto Occhi. De acordo com ele, a mudança no regulamento interno
da Caixa que abre brecha para esse tipo de contratação representou apenas uma
adequação à nova legislação trabalhista.
“Essa mudança na
regulamentação foi muito mais para adequar a legislação aprovada às regras da
Caixa. Não significa dizer que temos intenção.
Momentaneamente, não há intenção
da Caixa de fazer nenhuma contratação terceirizada para algum tipo de posto de
trabalho dentro do banco”, declarou Occhi após participar da cerimônia de
assinatura da distribuição de parte dos lucros do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço aos trabalhadores.
Segundo Occhi, o banco
apenas cumpriu uma obrigação legal ao mudar o regulamento interno. “Foi muito
mais uma adequação à legislação. Isso é uma obrigação legal, normativa que a
Caixa deveria adotar”, declarou.
Na semana passada, a
Caixa alterou o regulamento interno para criar a figura do bancário temporário,
que poderia executar tanto atividades-meio (administrativas) como
atividades-fim (serviços bancários) e ser contratado sem concurso público.
Segundo o documento, essa categoria teria atribuições equivalentes às do cargo
de técnico bancário, previstas em contrato firmado com empresa especializada na
prestação de serviços temporários.
Em nota, a
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT),
criticou a decisão. Para a entidade, o cargo de bancário temporário representa
corte de direitos e criação de subemprego, “com menores salários e nenhum
direito”.
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