O
Brasil já ultrapassou a marca dos 28 mil assassinatos cometidos neste ano.
De
acordo com dados fornecidos pelas secretarias estaduais de segurança pública,
no 1º semestre o País chegou a 28,2 mil homicídios dolosos, lesões corporais
seguidas de morte e latrocínios (roubos seguidos de morte).
São
155 assassinatos por dia, cerca de seis por hora nos Estados brasileiros, onde
as características das mortes se repetem: ligada ao tráfico de drogas e tendo
como vítimas jovens negros pobres da periferia executados com armas de fogo.
O
número é 6,79% maior do que no mesmo período do ano passado e indica que o País
pode retornar à casa dos 60 mil casos anuais.
O
aumento acontece em um ano marcado pelos massacres em presídios, pelo
acirramento de uma briga de duas facções do crime organizado (Primeiro Comando
da Capital e Comando Vermelho), dificuldades de investimento dos Estados na
área e um plano federal de apoio que avança menos que o prometido.
Em
âmbito local, o aumento é puxado pelas elevações registradas em Estados
nordestinos, como Pernambuco. A onda
de violência tomou as cidades pernambucanas, assim como foi intensificada no
Ceará e no Rio Grande do Norte. Quatro dos 11 Estados que tiveram aumento no
ano estão no Nordeste.
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