Elaborado
pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT),
relatório aponta que o número de mortos no massacre de Alcaçuz pode chegar
a 90.
Os peritos responsáveis por elaborar o documento, coletaram dados que
indicam que há cerca de 71 detentos desaparecidos. Segundo divulgado pelo
governo do estado, oficialmente, durante as rebeliões que aconteceram em
janeiro, 56 detentos estavam foragidos e 26 era o número de mortos.
No
mês de março, uma equipe do MNPCT esteve em Natal para realizar investigações.
Junto ao Itep, foram realizadas perguntas específicas para obter um número
preciso e da situação a cerca do ocorrido. Detentos e agentes penitenciários
também foram ouvidos pessoalmente no presídio.
Dos
26 corpos recolhidos pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep),
quatro ainda não foram identificados. Destes, um não foi enterrado como
indigente por não possuir familiares que realizassem o reconhecimento da
vítima.
Os outros três foram carbonizados, e por esse motivo, permanecem no
instituto para os processos de reconhecimento. No dia 11 de maio, uma ossada
foi encontrada próxima a um pavilhão da unidade. Porém, ainda se aguarda a
confirmação que dirá se os restos mortais são humanos e a data na qual a
provável vítima veio a óbito.
Segundo
trecho do relatório, “há 71 pessoas que constam estar em Alcaçuz, mas que não
estão. Elas podem ter tido transferência não registrada, fugas/recapturas não
contabilizadas, ou óbitos não reconhecidos […]. É possível que o número de
mortes se aproxime à estimativa inicial, ou seja, 90 mortos”.
No
relatório, ainda é apontado um grave índice. “Há fortes indícios de que
aproximadamente 49% de toda a população carcerária de Alcaçuz estaria presa indevidamente”, segundo
os peritos. Ou seja, cerca de 636 pessoas estão sendo detidas no presídio sem
necessidade.
Agora RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário